Das paredes
"- Como sai o poema?" Sai com a casca partida, com o tom mais grave, com a nota mais triste, sai do meio da estrada da vida, sai da praça imbuída de rostos vazios, sai das mágoas e das memórias passadas, sai dilacerado, já solto, cais escondido... " - Como sentes o poema?" Sem ninguém que o ampare, sem métrica nem simbolismo algum, sem significado objectivo ou lógico sem brisa de canção leve sem Deus no horizonte frio da manhã sem paz, sem nada mesmo: assim sinto o poema... Álvaro Machado - 15h20 - 24/10/2022