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Das paredes

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"- Como sai o poema?" Sai com a casca partida, com o tom mais grave, com a nota mais triste, sai do meio da estrada da vida, sai da praça imbuída de rostos vazios, sai das mágoas e das memórias passadas, sai dilacerado, já solto, cais escondido... " - Como sentes o poema?" Sem ninguém que o ampare, sem métrica nem simbolismo algum, sem significado objectivo ou lógico sem brisa de canção leve sem Deus no horizonte frio da manhã sem paz, sem nada mesmo: assim sinto o poema... Álvaro Machado - 15h20 - 24/10/2022

Boémia Canção

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  Abri a garrafa e ficai a ouvir a canção... Fiquemos aqui até amanhecer, fiquemos sem noção... (Breve havemos de sucumbir) Bebei até à exaustão O suor da maledicência que cheira a derrota... Se Deus é quem nunca nos perdoa e nos confronta Porque é a nossa inspiração? Mas é nas masmorras do nosso pensamento Que nasce outra imagem fúnebre, ainda por vir! - gritou, covardemente, em sofrimento, um homem que ousou não sentir... E continuou, bem alto e longe: Nas masmorras é que cantámos e bebemos  É aqui que ébrios enlouquecemos! (Disse-o repetidamente até partir...)  Álvaro Machado - 19h15 - 14/10/2022