todos no poema
Eu sou de todos, sem mais ninguém. Sou do universo à noite, rodeado de dúvidas, Sou do dia na manhã, com a brisa a escapar-me das mãos, vai e nunca mais vem, Sou das estrelas cadentes que tiram vidas... Sou da réstia de esperança que esta lá fora, memórias que sobressaidas Tornam este quarto tenebroso e além vós, Além paisagens, além snobes que se achem, Além dizeres e não dizeres, contos e não contos: Afinal sou eu não sou? Sou eu de permeio, sou eu lá trás, aquele senhor até o caminho apontou, Sou eu ali em cima do balcão, ébrio, a regozijar-me por ser um artista falhado, Por quem ninguém se tem importado? É não é? Sou de quem é ou de quem não é? Sou-me pelo menos para mim próprio? Sou o almirante no meio do mar a seguir um caminho que já havia sido navegado? A bússola que me deram é que o traçou E eu segui-o; o almirante nunca contestou Nem para onde ir nem com quem ir... Sim, eu sou estes senhores todos. Sou um espelho de várias coisas indefinidas há procura ainda de um c