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Nada igual a si

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Sol que nasce e que nos ilumina, Lua que vem e que nos abandona, Tudo tem de vir, tudo tem de partir, Connosco nunca pode ficar. O que vimos é apenas por pouco tempo; Nunca vimos da maneira que anteriormente havíamos visto, Nunca sentimos como havíamos sentido outrora - Nós próprios não somos quem éramos. Tudo vem, tudo vai, como nós Que não somos mais que uma paisagem Cheia de recordações e de imagens Inerentes à alma. Que se leva, afinal, desta vida? Álvaro Machado - 00:38 - 10-06-2013

Trilhar caminho

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Todos os caminhos é desencontrar, É não estar com quem queremos estar, É todos os caminhos serem de lados opostos E quantas histórias o hão-de narrar? Porque há as coisas divinas que nunca havemos de chegar, Porque há a natureza que tem piedade consoante a sua disposição E um dia nos há-de levar quando a sua disposição acabar, Porque haverá furacão... Não vejo diferença absolutamente nenhuma em caminhar Com a nossa própria sombra ou caminhar com sombras várias, Não vejo porque hão-de existir caminhos para eu traçar Se no fundo nenhum deles respostas me hão-de dar! Todos os caminhos é dor, é sofrimento. Eles todos e todos nós temos esse pressentimento - Que há-de ser este o nosso caminho, o nosso destino E que seremos felizes consoante o tracejado. Álvaro Machado – 12:21 – 10-02-2013  

Às vezes

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Sabes que eu às vezes fico a pensar No que afinal nos tornámos, Se realmente sabemos se somos Alguém que tem tanto p'ra dar... Só às vezes, porque não quero cismar Nestas coisas que nos impedem de viver; Só às vezes eu penso no que vai acontecer Se isto tudo, um dia, acabar... O consenso, quando se chega a ele, é iludir Quando não se encontram respostas p'ra nada, Porque tu sabes, ó miragem, que serás sempre amada Quanto mais por quem está p'ra vir... Só fico triste nestes momentos, sabes? Parece que vivemos para nada e nada é vivido, Parece que somos para nada e nada é esquecido... E o medo que carrego é nunca te encontrar... Continua longe e assim nunca hei de lá chegar... Só fico triste às vezes, quando penso nisto... O que eu sei? Que fico confundido, e não persisto. Deixo-a esquecida no fundo de uma gaveta E pode ser que assim te veja mais d’ perto. Álvaro Machado – 20:22 – 07-02-2013

O Superior

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De tantas coisas acima de mim, Podia eu viver, então, subjugado Ao superior e impossível de mim... E por que não lhe vivo então? De tantas altitudes indesejadas, E de tanto sofrimento incessável, Por que sou isso tudo mesmo não sendo? E por que lhe vivo então? Ah! Pudesse eu ser fatídico com o superior! Pudesse eu sentenciar eternidade noutras estrelas, Noutros sóis e noutras naturezas mais férteis! Ah! Pudesse eu ser o que não sou! Mas o mais longe que consigo é pensar exaurido Do que não posso mais do que pensar... E tal é a ironia de pensar ao que não se pode chegar, Que quando se pensa nada há-de cansar... E de tantas batalhas perdidas entre mim, De tantas ironias espalhadas e perdidas, O que há-de restar acima disto tudo? (Talvez tu, talvez eu?) Álvaro Machado - 21:24 - 04-01-2013