A nova civilização
Estou perplexo, sobre a janela que está no meio dos universos e da vida, Perplexo, mas compreensivo. Há-de surgir o outro lado, o tempo é infinito e o amor é eterno. - Não haverá matéria, só extensivos campos sem fim, cascatas calmas, ventos sublimes… Creio, assim, afincadamente: não pode ser só isto o expoente máximo da vida, Mas porque há-de ser ainda mais nobre, mais intensa, mais real do que a realidade desta. E eu creio nisto sem crer em nenhum deus. Enquanto estou perplexamente parado a contemplar o que me permitem contemplar (Que bem pode ser uma ilusão imposta não sei por quem…) Vejo, muito prontamente, o mistério que tem este universo. E estou entre ele e a humanidade, como se de uma alma perdida se tratasse, Para compreender a grandeza das pequenas coisas e recusar a cobiça… Encontro na solidão e na inércia – que é o sossego da minha alma – o refúgio, Que fecha os olhos ao mundo físico, ao mundo que tudo quer e nada tem, Para a minha passagem para o outro la...