Criança
Para lá do possível são os meus sonhos. Pelo menos, essa é a minha convicção. Os métodos fazem da vida uma anedota E a estupidez faz-nos crer que não. Ainda me sinto desrespeitado, troçado, Como uma pequena criança que foi abandonada pelos destinados a amá-la. E deus bem viu isso e fingiu ablepsia, Deixando a criança ao vento da sorte... (Ouve bem as minhas preces, é o que me resta: Fiz por abandonar o ciclo de pessoa que, pouco a pouco, Me foi retirando o prazer que eu tinha de viver e de sonhar; Passei de uma mansão de boas sensações por explorar Para uma assombrada mansarda decadente e obscura... E o que faço, agora? O preço a pagar é a vida.) A criança continuou, em cais perdido, eternamente. Foi a infeliz que foi deixada e todos a deixaram ir, mesmo sabendo que não estava certo. Haverá outra e esse é o método adoptado para a constante dor Que se tem vindo na terra a propagar... Álvaro Machado - 08:26 - 23-09-2013