Maestro Hades


Raie-me de novo a consciência
e fuja de mim o cismo contínuo
de que virá morte entre o sonho e a realidade
onde em permeio hei-de eu estar...

Ocultai-me a praia submissa
onde desaguam brutalmente
todas as almas que se opuseram
à inconsciência...

Solte-me um canto cheio de mim
em este preciso momento!...
Deixai-me erguer do medo
que não me deixa ir avante mar!...

Pois no fundo em mim detinha
uma inocente crença
na eterna vida, no eterno deleite
imune à tragédia clássica...

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