Onírico papel
Dos sonhos que construo à escuridão de onde me sustenho p'ra toda a vida vou subindo cada degrau vão até que a chuva lá fora se torna pressentida e no horizonte surge um clarão... Surge não sei de onde, não sei porquê... Qualquer coisa de mundano ergueu um homem que nada vê onde tudo vem em seu engano e por isso em nada crê... Rasgo o papel. Os versos morrem-me ainda no sangue. E no meio da mágoa onde um poeta se há-de esconder escurece, perdem-se os sentidos, e exangue vejo a lua do outro lado do cais a desaparecer e com ela também a mim deixarão de ver... Álvaro Machado - 03:01 - 30-05-2015