Pões nas minhas mãos esta partilha fugaz de sensações - universo plasmado em ventos suãos entretecidos de emoções Pões em mim uma consciência do universo. Sinto-o, sozinho e desconexo, num pequeno recanto, disperso onde de vez em vez me expresso Pões tanta coisa, mas pouco é o que não é vão!... O amor à pátria, e os desejos do mar, o imenso vendaval, o suar da imperfeição que outrora já me fez amar E agora me levou a um desassossego, A um lamento onde me traio, Em que, por vezes, tento-me, quase cego, como se me tivesse caído um raio... Acreditei demasiado na humanidade. "Sucedâneos de Deus" - reiteravas, contido e crente, sobre toda esta insanidade que chamais de gente!... Pões. Sempre puseste. A caverna esfriara finalmente. Éramos então como soldados da saudade, destemidos ao caminhar em frente, em busca de felicidade!.. Álvaro Machado - 04h49 - 06.06.2017