Desavença do Restelo
Portugal, hoje tecemos rasgadas suposições
Sobre coisas vãs, sem cerne nem rama
P'ra que os abutres se deleitem em fama
Enquanto, na cave, outros compõem canções
Sem roupas, sem reconhecimento, sem uma coluna num jornal...
Fazem do tédio a inspiração que precisas,
Elevam as tuas cinzas
Numa obra magistral...
Portugal, hoje vejo-os chorar
Sem te conhecerem de perto
Convictos que um deus incerto
Os oiça a rezar...
Foi preciso arderes, ficares quebrado
Para esta nação tempestuosa sentir
Quão intenso é da India mais português vir...
(Portugal, o teu nome está amaldiçoado...)
Álvaro Machado - 00h59 - 23.06.2017
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