Sábio experiente

Durante a passagem na floresta Ao sabor da liberdade, a fogueira pujante Ilumina a experiência daquele semblante Que discursa o que ainda lhe resta Conta as histórias do seu passado Convicto dos seus erros, incerto das suas acções... Nunca poderá contar-me o que havia passado Se tivesse sido outro noutras ocasiões... Dizia ele naquela noite selvagem Para não desperdiçar coisa nenhuma, Para apenas encher-me de coragem Na manhã seguinte de bruma. Acordei como se ganhasse novo alento, Ergui-me perante o céu de grandes esperanças E sozinho, sempre sozinho, indo com o vento, Fui atrás das abandonadas lembranças... Mas para sempre na memória fica Este sábio golpeante... Velho mestre de olhar triunfante Conquistador d'minha alma perdida! Álvaro Machado - 15:38 - 27-10-2012