Tudo está onde pode não estar
Está no universo a razão de não-sentido.
Quem pode, então, entender a alegria que o sol nos dá,
Ou a tristeza que a noite nos traz?
Só terá resposta o destino, se houver...
E eu tenho a dizer que divago incansavelmente
Como se pudesse conhecer o guia celestial
Por um canto de rouxinol ou por um verso espontâneo
Que fosse a simples verdade e razão da vida...
Têm sido dias a cruzar-me por pessoas com guarda-chuva,
Mantêm conversas em grupo, intelectualmente instruídas,
Mas, como a felicidade não traz paixões pelo outro mundo,
Eles são fruto dos que antigamente foram cultivando...
Eu ando à chuva e vou em constante diálogo com ninguém.
Se o meu caminhar é incerto e o meu pensar inequívoco,
Por que hei-de prestar vassalagem a estes desgraçados
Que me querem fazer seguir as correntes de ar?...
Álvaro Machado – 21:44 –
16-05-2013
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