Antes e após


Depois do poente ninguém está a navegar.
Depois do poente só estou eu,
É noite, e um silêncio pesado prevaleceu
Sobre o inócuo luar.

Antes do poente, tudo era justo e real
- Cada criança, cada som que por fim nos cruzava com razão de ser…
Antes da tragédia, depois da noite havia de vir o alvorecer
E os copos de vinho e as piruetas faziam disto um festival…

(Quando nos juntávamos!...)
Há-de ir longínqua, esta saudade,
Pois tudo passa, e nós lá também vamos,
Com a idade.

Será fim, será começo,
Eu o não sei…
Levo só comigo aquilo que tanto cantei
Deste pós-poente que inda nem conheço…~

Álvaro Machado - 00:36 - 21-04-2014

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