Projecção de um nefasto subsistir


Julgo que sou.
Não sei se realmente sou.
Julgando-me posso não ser,
Sendo outro que não este.

Como tudo na vida e que existe
- física, mental ou oniricamente - 
Pode correr como julgámos correr e existir
E assim ser para nós.

Pode até nada ser disso que supomos
Como real e despido de projecções ridículas e irreais;
Pode ser, quem sabe, a vida uma roda gigante e nós sermos
Movimento contra movimento.

Ser e supor chega-nos às mãos repentinamente:
quando nascemos, sem consciência.
Depois, remetendo-o para o tempo, o nosso tempo,
Haveremos de nada ser, então?

Álvaro Machado -17:05 - 22-11-2015

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