Decapitação solene
Do cimo,
não sei,
perto do cimo,
não,
nada disso!
Qualquer cousa,
ali,
acolá,
mas no cimo
não quero!
Oiçam,
calem-se,
mexam-se;
a cidade saí p'ra rua
não saindo!
Entontecido,
enternecido,
quieto, fiel à morte,
mas nunca vivo!
Se me revolto,
já não me revolto,
tudo quis e agora
nada mais...
Parem!
Dai-me a decapitação, senhores!
Só eu é que vejo,
não, não acredito!
Álvaro Machado - 03h06 - 17-11-2015
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