Herege sóbrio


Os pequenos passos que dou
Num obscuro ir se me pesam;
Parece que de mim não sou
E os sonhos se me cessam...
O breve respirar defronte
É já o universo inteiro a pesar;
Vã e solene, feliz que encontre,
A vida sóbria sem se embriagar...
Dize o mestre aos estatuários da poesia,
Aos que lhe corrói o lento deambular,
Que alto é quem se revê na heresia
De nunca em si acreditar...

Álvaro Machado - 12h41 - 31-10-2015

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