De um português de Portugal


Portugal,
Por ti já vi homens derramar sangue,
Morrer se tal fosse imperativo,
E os soluços que as viúvas davam
Não foi por não te amarem...
Portugal,
Por ti já vi homens atravessar o desconhecido,
Mesmo contra todos mitos,
E se a saudade lhes apertava o coração
A bravura fez-se-lhes ir adiante...
Portugal,
Por ti já vi poetas exaltar teus belos feitos
E morrer assim esquecidos como jaspe fria,
Pois nunca os ouviste a gritar por dentro
A imensa empatia que te têm...
Mas Portugal...,
És tão cinzento, não tens voz, mal te reconheço assim...
És gélido, não tens brio, em ti não se vê esperança...
Mas Portugal..., quando voltas?

Álvaro Machado - 05h00 - 22.05.2016

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