esta dor vem sombria, dolorosa pela amargura das horas entra-me nas veias calca-me o coração dói-me à exaustão ai que dor sem verso sem forma sem nada que a objective que a torne menos baça e estonteante e dolorosa como a que entra esta noite (quem dera. um dia ser mais assim. não me doer a cabeça. não me fingir outro. não me esconder pela porta das traseiras da chuva à espera como em criança...) Álvaro Machado - 02h20 - 14-11-2018
estou entregue ao ranger do vento à gigante onda que defronte se ergue aos dias às noites ao sistema solar longínquo entrando pela janela d'um quarto esquecido estou entregue a uma qualquer força estupenda que consome toda a minha energia vital esvai-me esventra-me corrói-me para o fundo vácuo e a dimensão e a solidão e a insensatez têm como natural consequência o refúgio o desaparecimento precoce de estar assim entregue Álvaro Machado - 20h05 - 19.10.2017
Sempre fugi dos círculos emblemáticos Peço inequívocamente desculpa As estradas que anseio são dispersas e ruinosas E a distância é total condição. Os portos, que sejam os portos e não outros, Que me dêem o lar que todos os dias peço O amor que a cada passo dado suspiro Ardente como no relento do vento... E que não caie, ó Deus, em esquecimento! Nem acabe nunca perdido num amor insano! Levai-me os versos os cadernos soltos sem fim! Eu preciso de não ser daqui!... Álvaro Machado - 17h38 - 07.11.2017
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