O perdão nunca perdoado
Chove lá - do outro lado da rua imaginária -
Como se isto tudo fosse um sonho.
E eu choro. É o meu coração quem eu perscruto,
Despedaçado, sozinho, intolerado...
A todos vocês, peço perdão pelos meus pecados.
Pecados de quem aceitou a liberdade concebida como ilusão,
De quem se refugiu nela entontecendo-se para doer menos,
De quem naufragou antes do barco chegar ao porto...
«Passou a vida. Estás morto, és meu servo agora»
Disse-o uma voz que no momento a seguir sucumbiu
Num nevoeiro distante e saudoso, como aliás é todo o significado
De ter vida...
Álvaro Machado - 20:57 - 01-10-2013
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