Não ter nexo...





Quando quis voltar a ter rumo já tarde era para mim.
De novo quis voltar àqueles desertos alucinantes,
Àquela prisão de areia - e os camelos tão distantes
Juntam-se, a mim, nestes cismos arrepiantes!

Não há mais conquistas a ter. Nem futuras a sonhar.
Passo horas à espera que frutifiquem
Árvores de fruto que nem tão pouco crescem
Porque o sol, em vez de criar, há-de queimar.

E em vão, a alucinar, eu peco por te desperdiçar,
Que nem ter esperança me há-de ajudar,
Porque Deus quis que o meu rumo fosse procurar
O rumo onírico de nada encontrar!

Álvaro Machado - 20:56 - 24-04-2013

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo