noite.
a minha vida é breve
como o vento e vazia como o silêncio do vento.
eu disse-te isso. e tudo passou...
mas a noite passada
trouxe-me o teu flamejante olhar, a doce e inocente voz,
e por um breve instante pude ter-te
como deus tem o universo.
eu devia ficar calado. eu sei.
mas eu nasci para dizer tudo o que embarca o coração,
todas essas sensações que ninguém entende...
é o estar sentado sobre o enternecido luar
e suspirar afincadamente...
sabes, o normal. o normal ciclo de alma errante
- o não ter nada nem ninguém, as raízes espalhadas por aí fora
a sofrer intoleravelmente.
breve é tudo: eu, tu, todos...
mas permite-me dizer que nesse breve instante
tenho a sensação de te ver p'ra sempre.
Álvaro Machado - 18:13 - 16-05-2014
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