Cinzas do corpo
Vento... Leva as cinzas deste corpo mortal,
Que vagueia horas e horas e horas e não se encontra
Horas passam... E o homem esquecido afronta,
Um despercebido sentimento sentimental
E leva com ele as lágrimas dos que nunca choraram,
Tristemente no funeral vácuo de abstraccionismo
E homens e mulheres que para ali nunca olharam
Fitavam um jazigo brotado num bruto cinismo
Salta a terra sobre o morto que não está morto...
Mas na boca do povo esteve-o; Nas horas de sofrimento,
Passava pelas ruas nocturnas um vazio absorto
Soltando um grito, gritava de lamento...
Cheguei a Hades ainda mais imortalizado do que julguei
E a minha alma pesava obscuras cinzas mortais!
Ó rajadas incontornáveis! Ó ventanias que sonhei!
O corpo foi levado em troca de belos cristais!
Álvaro Machado - 13:47 - 27-07-2012
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