Véspera da cortina


Passou por mim, por nós, indomáveis experiências,
E o público suscita tremores horrorosos...
Cai a cortina, despe as essências,
Entre os nossos sonetos amorosos.

O sentimento entre o jazigo da sensatez,
E a vontade corpórea da falsa lucidez
(Nasce à luz, só e extasiado)
Um sopro triste e embriagado.

Pergunto ao céu o porquê de estar ainda vivo...
Como as mármores frias em solos horizontais
Assim vivo, eu, nas plenas formas verticais,
Apegando-me ao teu cativo.

Jazigo de mim, cativo de alguém...
Ressuscita uma nova forma, mas distante...
E eu, cavaleiro triunfante,
Conquisto o fusco além
.

Álvaro Machado - 15:03 - 21-07-2012
 

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