Caminhos de nós


Todas as vezes que passeávamos pela Alfândega
Detínhamos em nós uma incompreensível superioridade...
Nem as ruas, nem nós mesmo notávamos
Razão de ser daquela onírica cumplicidade

E aquele amor entre mim e a imaginação de sentir
Levou-nos às belas paisagens impossíveis de chegar,
Pelo corpo que me prende e mata lentamente,
O dom de contigo passear,

Pelos harmoniosos caminhos que fiz junto de ti…
As conversas, os gestos, o possível amor,
Atormentava-me e não mais queria sonhar-te…

Ó meu furacão atómito…
Cúmplice de mim e daquele sonhador…
Dista de nós o meu impenetrável coração…

Álvaro Machado – 21:14 – 31-07-2012

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