Não haja perdão
Nunca me perdoes, nunca haverá um perdão.
E por ti passam todas as razões possíveis,
Para perdoares estes versos imperdoáveis...
Não se encontra nada onde só há sangue a escorrer...
Pelas portas quebradas, pelos pesadelos de então...
E já desaparece a dor ao amanhecer...
Nunca me ouvis-te dizer uma única palavra,
Nunca acreditei o que é ser e viver e morrer;
E a palavra viva é a palavra escrava.
Porque hei-de eu vaguear um deserto?
As tempestades cegam os que querem ver
Um estilo de vida certo..
Porque hei-de eu viver o inútil?
Nem há-de existir, porventura,
Uma única razão de viver uma loucura...
Ó vida, vida despedaçada e fútil!
Sonho ser alguém noutra ocasião
E espero que lá me aceites o perdão
Álvaro Machado - 21:15 - 22-07-2012
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