Em espera...


Perdi a vontade inocente em que noutros tempos vivi
E o meu coração agora é a dor que não finda; É um buraco
De corações vazios onde noutros tempos exprimi,
Observações e infinitas dores de um eu enfático.

O meu agora é humilde, pacato e inocente,
Ainda que, sem vontade, acho ser humilde gente
Que esfrega o seu flagelo em águas tristes…
Nas incompletas águas das fontes…

E, entre a perda e a dor, descobri humildemente
Ser um homem p’ra na vida esperar
Pelo coração que nunca chegará fisicamente
E resta apenas espiritualmente acreditar,

Neste espiritual coração que sofre nas altas colinas
Os dias tornaram-se monótonos e perderam-se vontades…
Neste físico coração esbofado de contrariedades
Chegará o dia em que só restará cinzas e ruínas…





Álvaro Machado
- 14:32 - 02-07-2012

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