Decadente Paris
Sinto, ao crepúsculo, o peso de estar vivo como nunca
ninguém sentiu;
Ninguém nunca conheceu a solidão da maneira que eu conheço.
E eu estar neste momento na igreja com a luz apagada e com o
coração longe de Deus
É pecado meu e de mais ninguém.
A escuridão apodera-se do corpo e torna-se mágoa estar
vivo...
Com a lua por cima dos meus olhos e tão longe deles ao mesmo
tempo...
E escorro lágrimas por ninguém (talvez não tivesses existido
nunca;
Foi tudo irreal: eu, tu, nós e todos eles...)
Por estas bandas ninguém passa; não se vê viva alma numa
cidade assim,
Repleta de cinza e de bruma no horizonte...
Hei-de sozinho chorar este destino se estes versos são a
minha decadência!
E ver-te, Torre Eiffel, é não ver nada...
Leonard Sagè – 02:04 – 22-06-2013
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