Dúvida?


Um barulho ensurdecedor e incessante
Acerca-me na linha de comboio,
Mas porquê meu destino errante
Num destino triste, sem qualquer apoio?

Sabes... eu olho para os dois lados
Para o dia e para a noite e não os entendo
Serão dois mundos criados
Para se ir percorrendo?

Tenho muitas dúvidas, de mim, do que vejo.
Do que escrevo, do que sinto.
Às vezes aquilo que nem quero, digo que almejo,
É a verdade daquilo que eu minto.

Comboio, passa e leva-me.
Eu não quero ser feliz.
Quero que os outros não sofram, encontra-me
Na metafísica que eu sempre quis.

Álvaro Machado - 23:33 - 20-02-2014

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