Como teatro


Escrevo em frente,
Na janela que tem como paisagem
Uns versos e uma alma comovente
Que precisam de coragem.

Todo que vive junto
Vive submisso e sem alma;
Todo esse que se sente viver
Vive acorrentado e sem sonhos.

Começa a chover lá fora.
Nem sei se é por ter saudades
Ou se é por estar aqui sozinho
Vendo a vida a passar…

Relembro-vos como se fosse hoje, irmãos!
Relembro, como se hoje fosse, a nossa revolta
E o desejo insaciável de ser livre, de conhecer a liberdade
Na sua livre e pura condição!

Ó tempo em que éramos
E já mais não somos!
Ó destino que nos ensinaste a crer
Que podíamos ser livres sem poder!

Toda a euforia se desvaneceu
O público aplaude
A cortina escorreu
E a peça traz saudade.


Álvaro Machado – 22:00 – 16-07-2013

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