Naus de amor




A probabilidade de escrever sobre amor
Encontra-se esquecida dentro de mim,
Mas a probabilidade de o sentir
É claro como o sol em existir.

Nunca esquecer: ele prevalece, à deriva,
Numa nau inconstante e perigosa
- Se fosse calmo e de bravura sussurrante
Para navegar amor não haveria navegante!

E o meu gesto com o amor é de conforto,
Porque gosto e admiro-o e recebo-o de bom grado.
Que ninguém julgue por não o mostrar,
Pois quem o fizer não sabe o que é amar.

Ouvimos chuva a cair e vento a mover...
Sol de esperança ao entardecer,
Lua de descanso ao adormecer
E a natureza é o nosso ser...

Ouvimos, em cada passo dado,
Deus a dar mais uma probabilidade
De este ser o sentimento mais aproximado
De toda a verdade.

Nunca quis escrever sobre amor.
Porém, soube sempre tudo sobre ele.
Conhecemo-nos numa nau inconstante
Que nos guiou para este destino triunfante.

Álvaro Machado – 23:14 – 19-03-2013




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