Ramo do esquecimento
Ramos arremessados ao chão,
Lágrimas escorridas,
Laços do grande-amor-vão
-Tudo para o chão!
Fúnebre. De luto ao herói, ao conquistador...
Silêncio, lágrimas e muita dor...
Noite que arrefece como o corpo estendido!
(E preferia eu que nunca tivesses partido)
Só o vento sofre, só a lua cheia sente
Porque mais ninguém pode sentir;
Só as rosas sentem a saudade
Do herói, de sua irmandade!
Só eu posso sentir a carta que me deixou.
Por isso ela foi destinada a mim.
E por onde passo, oiço-os a todos,
Todos aqueles últimos suspiros dados
Com uma despedida forçada!
(No fundo, eles queriam só mais tempo,
Só pediram a Deus um pouco mais de tempo
Para viver, para continuar vivos.
Pouco tempo, era só tempo; e pouco...)
E por onde passei, ouvi de maneira tão pura
Aquele pedido de socorro.
Só a luz da noite lhes ilumina o jazigo.
Sem essa excepção foram esquecidos
Para sempre, eternamente esquecidos!
Só o vento e a lua continuam encostados
Com alguma empatia...
Álvaro Machado – 22:03 – 14-03-2013
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