Pena




A partir de hoje és.
Segue nesse sentido.
Não questiones, que ninguém te falará,
Não fujas, que não tens fuga possível,
Destrona a tua convicção
E queima esta carta na fogueira,
Vê o fumo no ar (surgir-te-á algo magistral)
E sente-o no ar como uma força transcendente.
És escravo e a tua vida é prisão.
Agradece ao senhor: foi ele quem te concebeu a pena.
Nunca voltarás a ser tu,
Hoje só és.
Hoje só sugeres uma forma, uma paisagem, um sentido...
Hoje podes ser tudo, só não podes ser tu.

Álvaro Machado – 00:54 – 27-03-2013

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo