Sombra




Perscruto em sombras disformes
A tranquilidade nocturna
De não sentir presenças
A não ser a da lua.

Os passos? Não há passos.
Há somente meus.
E há o silêncio, a mágoa, a certeza
De que gritar não basta, porque ninguém ouve.

Mas tu podes descansar, foste consagrado
Para o poder fazer, ó herói por índole que desces à terra!
Quem dera que se parecesse com isto o que tenho sonhado!

(Descansa tu também; os momentos continuam, sem ti,
O universo e as pessoas também, e tu agora sentes
Não ter passado de uma sombra.)

Álvaro Machado – 15:04 – 19-03-2013

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