Peso do rio



Por que eu peso tanto,
Mesmo fazendo para o esquecer?
Por que o rio continua a escorrer
Sem nenhum encanto?

Tenho vagos silêncios em mim.
O encanto é quando estou a passear
Pelo som sofrido das águas paradas
E parece ser águas de mar...

Mas não. Sou eu sozinho a vaguear!
Sou eu perdido, entregue à sorte...
Por que hei-de ser eu a pesar
E ser o menos forte?

Só os deuses sabem o mistério,
Só eles sabem realmente o que é viver
Eternamente como este rio
Que aparentemente nunca há-de desaparecer.

Álvaro Machado – 22:30 – 04-03-2013

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo