Cego poeta
Não vejo nada do que vejo.
Cansa-me ver.
Eles continuam, os consigo pressentir
Mas não quero olhar.
Deixá-los nesta distância
Que nos faz tão diferentes...
Nada vejo do que estou a ver.
Sinto-me um cego para o que passa.
Só queria poder esquecer
Tanta e tanta desgraça
Que me afronta todos os dias
Da minha consciência...
Escreveu o meu poeta da cidade,
Não vejo nada do que vejo.´
Escreve e sente em prantos
A dor que dá ao viver
Quando o homem vê no pequeno
O muito fel do mundo...
Álvaro Machado - 13:11 - 28-03-2014
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