É eterno poeta.


No cume da montanha
Hás-de estar esquecida.
Tão débil como uma folha
No fundo da estrada:
Vista, esquecida, pisada…

Tão ténue que cada ventania
Levará um pedaço a mais de ti.
E vendo bem os debaixo
Sabes, súbita miragem,
Que estás só…

Não vale ter a ilusão
De te ergueres.
Para quê crer?

Ergues, logo cais.
E entras numa espiral
Onde sempre hás-de cair…

Então para quê o continuar
A erguer, ó débil, ténue, triste
Sensação que por mim escorre
Como esse cume da montanha?

Álvaro Machado - 13:17 - 23-03-2014

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