Insolvência amorosa
Levas-te a insolvência dissolvente de um grande amor
Causando intriga e demência de amar,
Levas-te junto de mim o teu calor
E a fórmula trágica do teu olhar...
Em mim, como que não, espalhou-se uma ventania
Leve, fria e cruel; e tudo era uma composição
Que já de si avassaladora (a bela cantaria)
Separou-me de ti e do teu coração
Vago sentido em deserto lusitano... Águas provincianas...
Há amor para além de amar - e além ele sem fim
Eleva-te a mim como Afonso elevou as veias lusitanas
E volta para este esperar que há em mim,
E tanto esperei pelas tuas ávidas mãos que perdi a noção
De que havia morrido anos atrás, ainda na longa espera...
Esperei, esperei, esperei... O próprio tempo esperou para ver quem era,
E ambos esperamos uma figura em vão...
Álvaro Machado - 15:34 - 12-08-2012
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