Sangue de escombros
Percorre neste corpo a consciência de artista,
Nos enfadonhos dias da Primavera ancestral
Em mim nasce a oligarquia utopista
E a inconsciência de infernal.
Nada é impossível quando tudo que temos é inexistente
Nem tão pouco há sensações, cóleras, gritos de gáudio…
Desvanece o pensamento ao sangue derramado;
Desvanece a luz ao teu resto desfigurado
E, na escuridão da noite, canta o rouxinol
A melodia assombrosa de uma ópera Italiana!
Meu rosto de escombros chora esta sensação provinciana –
Que esconde a luz ao próprio Sol
Mas quem és tu, atónita utopia?
Nem tão pouco acho vocábulos para te questionar
A ti e ao porquê de existires… Ó infernal oligarquia,
Quanto do teu poder é meu sonhar!
Álvaro Machado – 22:23 – 05-08-2012
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