Objecto
Desta vida levo todos os momentos descontentes,
Da minha infância ilusória, futurista e cruel...
E a minha chama apagou-se à luz do nascimento
Que não conviveu com este descontentamento...
Mas não me peças cartas com versos insensíveis
Pois, na verdade, nunca conseguiria sentir...
Ó Destino lasso que estás a emergir
Aos meus sofrimentos incansáveis...
Todos me confrontam: sou o objecto,
Em que todos querem possuir;
Sou o infante sem afecto
E um sonhador que se vai extinguir...
Águas descontentes... Batalhas dolorosas....
Volta para mim, eterna infância,
Dolorosa e vaga ânsia...
E que as nuvens me façam um tentador fiel...
Álvaro Machado - 16:04 - 04-08-2012
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