Ira da Guerrilha
Foi-me contado o segredo de toda a ira que atravessou a mente dos guerreiros
As casas enchiam-se de suor esfriado, os bares de assombrosos homens fardados,
Leais e de força bruta, erguiam a nação pelas razões bizarras dos governos
E ao longe, no horizonte, escutavam-se as sirenes dos sinos desesperados,
Lançavam a guerra à boca do povo: ma
r, terra, céu... Tudo condenado!
Enchiam-se cofres de ouro pulverizado, e o diamante era a graça divina;
Cobriam-se fileiras de devedores pela transparente vitrina,
Que modificava o rosto de um pobre desafortunado,
Seus olhos erravam à sua alma... Poupanças de uma vida em vão...
Olhares e mais olhares: desconhecidos à mistura numa mesa de madeira,
Nem sombras restavam naquela lugar feito de falsa noção
E de todo aquele clima de vontade guerreira.
Começaram os primeiros tiros quando me esqueci de estar a sentir...
E gritos sobressaiam às maiores desgraças que se poderia imaginar...
Não sei o que ouço, não sei que me contam, não sei acreditar...
Mas ruídos passavam pelos tanques frenéticos só de ouvir...
O som ia lento, corajoso e glorificador. As ruas caóticas sofriam
Só Deus - que de piedoso é louvado - sabiam que todos temiam
Guerrilhas impotentes de ideologias fracassadas surgiam na Europa.
E o meu sentido de vida é escutar as palavras de alguma voz,
Que não se ouve pelo ouvido nem se avista pela margem...
Soltam-se os cravos nas armas descarregadas e a guerra sofre uma viragem!
Só habita o silêncio no pós-guerra: as ruas devastadas por lágrimas,
As casas caídas pela bomba relógio das orações cristãs
Tudo foge da cidade e eu encontro a salvação nas rimas.
Enchiam-se cofres de ouro pulverizado, e o diamante era a graça divina;
Cobriam-se fileiras de devedores pela transparente vitrina,
Que modificava o rosto de um pobre desafortunado,
Seus olhos erravam à sua alma... Poupanças de uma vida em vão...
Olhares e mais olhares: desconhecidos à mistura numa mesa de madeira,
Nem sombras restavam naquela lugar feito de falsa noção
E de todo aquele clima de vontade guerreira.
Começaram os primeiros tiros quando me esqueci de estar a sentir...
E gritos sobressaiam às maiores desgraças que se poderia imaginar...
Não sei o que ouço, não sei que me contam, não sei acreditar...
Mas ruídos passavam pelos tanques frenéticos só de ouvir...
O som ia lento, corajoso e glorificador. As ruas caóticas sofriam
Só Deus - que de piedoso é louvado - sabiam que todos temiam
Guerrilhas impotentes de ideologias fracassadas surgiam na Europa.
E o meu sentido de vida é escutar as palavras de alguma voz,
Que não se ouve pelo ouvido nem se avista pela margem...
Soltam-se os cravos nas armas descarregadas e a guerra sofre uma viragem!
Só habita o silêncio no pós-guerra: as ruas devastadas por lágrimas,
As casas caídas pela bomba relógio das orações cristãs
Tudo foge da cidade e eu encontro a salvação nas rimas.
Álvaro Machado - 02:35 - 07-08-2012
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