Em partida
Está viva a esperança de mantermos
Um sonho ou uma vontade p'ra percorrer
Por entre as brumosas manhãs que amamos
Como se fosse um anoitecer
E nos atiram contra as fortes marés
Para que naveguemos até ao fim
(Os últimos passos foram dados por mim...)
Com a haste erguida no quebrado convés...
Pouco vimos do sol e sem sentido navegamos.
Estamos distantes como o mar
E os sonhos e as esperanças que temos
Um dia também hão-de acabar.
- Há a esperança, a vontade de construir
Um caminho para que possas viver,
Mas também é teu direito saber
Que em breves vais partir.
As fortes correntes nos levam.
Ter sonhos e esperanças?...
De nada valem, na maré se percam
E o dia será somente d’ lembranças.
Álvaro Machado – 21:15 – 03-02-2013
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