Farrapos




Circunda à volta do jardim,
O homem, num ciclo vicioso.
Escurece-lhe a pele e parece amoroso
Quando se aproxima de mim.

Oiço-o bocejar, mas a hora não é motivo.
A veste que usa são uns farrapos seus.
Ele chega a andar excessivamente pensativo
Olhando ao cimo de todos os céus.

Entendê-lo é achar a sua personalidade
E ele logo se afasta não criando proximidade.
Não pede esmola, mas mantém-se perto
E o seu destino mantém-se aberto.

Retorna e senta-se, ergue-se e circunda,
E compreender-lhe é achar o que pode não ser.
Talvez um dia eu possa o vir a conhecer
E à roda o não confunda.

Álvaro Machado – 21:51 – 18-02-2013

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