Infância Alberto!

Dedicado a Alberto de Régio Passaram anos desde a infância Alberto. Olha os meus olhos... que diferentes... Aparta este braço... vê estes dentes! Tudo mudou, entre passado e presente, sabes? Eu que era uma rosa vermelha e fértil Agora sou uma murcha sem vontades Perdi as cores, perdi aquela ânsia servil Dos que me guiavam o Destino; Mas agora Perdi o dia e a hora E lembrar-te-ás também, Alberto, daqueles jardins? Eram tão belos, tão rigorosos na sua beldade... E agora não são nada a não ser infelicidade... Todavia, inda são coloridos! Quando passo lá Recordo todos os nossos dias. Faz saudade. O jardineiro Ramiro, aquele compatriota, Abandonou as terras e tornou-se ébrio por lá «Abandonou a profissão e a fatiota!» Deixa saudades sabes Alberto? Felizes tempos passamos Em passados presentes e em presentes passados Lá fomos nós cavalgando a vida e o Destino. Álvaro Machado - 19:18 - 30-06-2012