Forma na sombra. Vasta escuridão
Escondi-me na forma das sombras; perdi-me na vasta escuridão
Ó noite bela e vaga... quanto do teu olhar cego vislumbra
Esta alma que é impenetrável até pela própria penumbra
Vasta... vasta de solidão.
Olho e fico a pensar: sonho o futuro desconhecido;
Vivo o presente na vontade de não viver;
E abraço, exaltado, o passado tremido,
Esse que vivi sem conhecer
Mas é no silêncio que toda a alma vive. Ouvir um mar,
No alto de uma colina transparente; assaltar em pele de corsário
Navios e embarcações ricas que navegavam sem navegar
Grandes oceanos percorridos em sentido contrário!
E corre... corre... esta minha mágoa e nunca acaba.
Desembarco o corpo na terra nórdica: o areal,
Grande ele é! E as praias belas estendiam-se no litoral
Como na minha face se estende a barba.
Álvaro Machado - 23:12 - 22-06-2012
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