Os tons do Chiado




Caminha em tons púrpura pelo Chiado
Exalta as esplanadas, ergue bairros,
E deixa-se levar pelos raios
De um sol desinteressado

Um traje daqueles que vale um desdém
Ia, na outra ponta da Alameda
Reparei que a sua rasgada seda
Era vista pelos boémios de Alcem,

E os tons mudavam de cor: tudo misturado,
Relembrou o dia da abertura do café;
Destacou-se marrom pela santidade cheia de fé.

Mas os tempos mudaram. O ricaço fora promovido
Pelos governantes que o levaram à Lua.
«No entanto, eu, pobre, não troco a minha pela tua»

Álvaro Machado - 21:16- 13-06-2012

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