Em Movimento
Move-me... ó tempo que nunca chegas
Liberta-me... ó solidão amálgama
Sou a alma que não ama,
Sou o ser que negas
Aflige-me... ó infinita face tépida
Voar para um lugar distante
Acartando meu semblante
Relembro-me... ó distorção gélida!
De momentos ténues e vagos e impessoais
Estarei saudoso das tuas formas carnais?
Não sei... sei que perdi toda a atenção...
E ainda no escuro da clara manhã penso
Se existes ou se é alucinação!
No fundo julgar o teu calor intenso
É mera ilusão!
Eterna saudade de lugares impossíveis,
Onde mergulhamos perto dos Persas;
Eterna vontade de conversas improváveis,
Onde dialogamos longe vagas conversas.
Álvaro Machado - 20:06 - 03-06-2012
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