Génio desencontrado
Ser génio é desencontrar; ser criador é reinventar,
Motivos para conseguir ser único no meio de igualdade.
E todo o iluminado que julgar encontrar,
Encontrará a banal facilidade.
Precisamos, porventura, de recriar algo nunca criado,
Vivermos sonhos que não passam de algo imaginado,
Levantarmos a mão e, nostálgicos, não ter saudades;
Das próprias facilidades…
E todo espírito se ergue vago no horizonte esverdeado…
E eu pensava como toda a estação seca me fazia chorar…
Ó belo azul do azulado céu inventado,
Tu fazias tudo relembrar…
Na sombra do vento ia afinal minha sombra,
Pela penumbra do quarto fechado.
Interdito, ficara trancado,
Há própria sombra.
Mas quão bem faz viajarmos!
Ou julgar estar a viajar!
Até o olhar se cansar,
Façamos para sonharmos!
O horizonte faz-me sonhar na plenitude do sonho,
Por saber o que fui outrora!
De novo me relembro ao sonho,
Vago na vaga hora.
Mas ainda há os felizes do mundo… vejamos anárquicos,
Escondidos na luz de uma estrada a vender na bandeja
Sacos cheios e assombrados da vermelhinha cereja
Propícia peripécia vinda dos vendedores lunáticos
Ele, já velho, tão feliz que era! Seu coração batia
Em felicidade estranha mas sentida!
Horas que passavam... ele ainda sentia,
Viver uma vida!
Toda a tarde do verão quente nunca se sentava
Sua vontade vendia a melhor fruta da cidade
E toda alma que por ali passava,
Se contagiava na sua feliz felicidade
Porém... não me consegui imaginar assim
Meu mar sofre na maré controversa
Meu sal não é salgado... e por fim,
Consegui uma forma inversa.
Álvaro Machado - 16:19 - 03-06-2012
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