Sopra o vento...
Sopra o vento longe do cais, afugenta tudo.
A água evapora; a população desaparece
A nuvem esmaga quando anoitece
E tudo fica mudo...
Assim eu me pareço quando me falam
Três mil figuras que estupidamente
Acreditam na fala e não se calam!
Nem as quer ouvir, sinceramente...
Amam o possível, idolatram o visível...
E eu sempre quis o que ninguém pode dar
Sempre amei o impossível de amar
Querer isto é querer mais que o possível?
Os que se baseiam em factos são cientistas
Mas o que, como eu, apuram as ficções,
São desvairados e masoquistas!
Nós falamos bem e fugimos aos palavrões.
E ao contrário do que dizem, nós somos sabedores
Julgamos a vida, a morte, as náuseas da vida.
Largamos a gentiliza de três mil conhecedores
Que sabem tudo da vida desconhecida
Álvaro Machado - 19:46 - 18-06-2012
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