Passou um mês
Estou-me a rir! Passou um mês sem escrever!
Nascem em vão todos os dias almas renovadas
E de que vale sentir palavras abafadas
Se no fundo não as vou conhecer?
Criam-se laços sanguíneos entre desconhecidos,
Mexem-se modas, habitações, ruas, oceanos,
Para no fim descobrir ao longo de tantos anos
Prazeres e sentimentos esquecidos!
Agora, no auge da solidão, eu canto por amor
por mágoa, por falta de prestar vassalagem...
Agora, entre nós, passa... o tempo como miragem.
Bastou-me rir e ver num mês mais do que tudo
o que vi na outra vida, ó cristal mudo!
Pintaste-me este mês como um grande pintor!
Álvaro Machado - 16:28 - 15-06-2012
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