Sonhar distanciado
Lembras-te dos devaneios percorridos,
Na lua dos esquecidos?
Sonhámos um império desolado
Perto de nós num futuro distanciado?
Sentados no Sexto Empírico
Enquanto decorriam frenéticos debates,
Nós relembrámos o sofrimento de Dantès
E de todo aquele destino trágico.
Mas no fim cada um seguiu o seu destino
Ao acaso lembrei um daqueles semblantes
Que percorriam no bar de protestantes
Cantado, em calúnias, o nosso hino.
E juntos escrevemos uma carta,
Na ventosa noite esquecida
Para nunca mais ser relembrada
Na hora farta.
Que quinto andar! Sentado e oprimido,
Relembrava bravos guerreiros conquistadores
E julgando também assim, enfrentei destemido,
Fortes e frágeis tentadores.
Ria-me, na noite prolongada, solitário,
Enfático pelo sonho dos meus ventres
E já vacilante perto do armário
Descobri porque me mentes.
Álvaro Machado - 19:33 - 04-06-2012
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