Cavo a própria sepultura


Cavo a própria sepultura,
Ilustrando poesia a nado
Invoco o Ignoto aventurado
Para perceber se havia lembrado,
Das coisas daquela altura!

Algures no céu fitei uma rosa
Entre as nuvens: umas leves, outras pesadas,
E sem as distinguir consegui diferenciá-las,
Ao som da Lacrimosa.

Sendo assim, sou um vácuo sem ilusão,
E fino-me à escrita procurando solidão,
Ela eleva-me o coração aos céus,
Atravessando pequenos ilhéus

Pressinto que ao longo dos anos
Relembro o passado, esqueço o presente,
Não vivo o futuro. Repentinamente,
Apercebi-me com excessivos abanos

Aqui e ali ouvia uma balada
Chegava perto e depressa me encantava,
A melodia daqueles rostos. E via apurada,
Toda aquela embaraçada.


Alberto de Régio - 22:39 - 06-04-2012

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo